O Apóstolo Paulo testemunhava que a grande obra da Graça de Deus é a nossa salvação e santificação.
1Cor 15,10 Aquilo que sou, eu o devo à graça de
Deus; e sua graça dada a mim não foi estéril!
. Mas o Apóstolo também testemunhava
que a mesma Graça que nos salva e santifica também realiza muitas outras obras menores
na nossa vida cotidiana, iluminando a nossa mente e tocando os nossos
sentimentos e emoções, de modo que podemos “ver” e “sentir” a Graça de Deus e
isto nos enche de paz, luz e alegria.
A experiência mística da Graça nos êxtases,
visões, locuções interiores e dons carismáticos é possível porque fomos criados
à imagem e semelhança de Deus para vivermos em comunhão com ele. “O aspecto
mais sublime da dignidade humana consiste em sua vocação para a comunhão com Deus.
Desde seu nascimento o homem é convidado ao diálogo com Deus” (GS 19).
Chamamos de obras menores da Graça de Deus
para diferenciar da obra maior da salvação e santificação, mas elas também são
importantes e necessárias. Esta experiência mística da Graça de Deus é
necessária para termos luz, alento e força no seguimento de Jesus e no
cumprimento da pesada missão que Ele nos confiou
Paulo dizia que é no dia a dia, em
meio às diversas circunstâncias da vida, que Deus vem ao nosso encontro e
manifesta a sua força na nossa fraqueza. Ele garante que quando somos fracos,
em Cristo, então é que somos fortes, e que para além de tudo que possamos
imaginar, fazer ou pedir, basta-nos a sua Graça.
.
2Cor 12,1 É preciso gabar-se? Embora não convenha,
vou mencionar as visões e revelações do Senhor. 2 Conheço um homem em Cristo,
que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se estava em seu corpo, não
sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe. 3 Sei apenas que esse homem - se
no corpo ou fora do corpo não sei; Deus o sabe! - 4 foi arrebatado até o
paraíso e ouviu palavras inefáveis, que não são permitidas ao homem repetir. 5
Quanto a esse homem, eu me gabarei; mas quanto a mim, só vou me gabar das
minhas fraquezas. 6 Se eu quisesse me gabar, não seria louco, pois só estaria
dizendo a verdade. Mas isso eu não faço, a fim de que ninguém tenha de mim
conceito superior àquilo que vê em mim ou me ouve dizer. 7 Para que eu não me
inchasse de soberba por causa dessas revelações extraordinárias, foi me dado um
espinho na carne, um anjo de Satanás para me espancar, a fim de que eu não me
encha de soberba. 8 Por esse motivo, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse
de mim. 9 Ele, porém, me respondeu: “Para você basta a minha graça, pois é na
fraqueza que a força manifesta todo o seu poder.” Portanto, com muito gosto,
prefiro gabar-me de minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim.
10 E é por isso que eu me alegro nas fraquezas, humilhações, necessidades,
perseguições e angústias, por causa de Cristo. Pois quando sou fraco, então é
que sou forte!
“Basta-te a minha Graça!” “Quando sou fraco,
então é que sou forte!” O testemunho de Paulo mostra a importância da experiência
mística da Graça de Deus para aguentarmos o tranco, e como é necessária uma
vida de oração para que tenhamos esta mística. Porque somente pela Graça de Deus
é que somos o que somos e somente pela mística da mesma graça é que somos fortes,
mesmo quando tudo nos levaria a ser fracos, derrotados e frustrados.
O Reavivamento no Espírito Santo está
inserido dentro desse entendimento da experiência mística da Graça de Deus.
MOPD 2 Coríntios 12,1-10